quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Como usar avatres no E-learning

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"..When to Use an Avatar

Once you analyze the content thoroughly, you need to think whether you really need an avatar in the course. How will an avatar blend with the content?
We shouldn’t add an avatar just because it is visually appealing or the trend!! In instructional design, every step and decision is to be taken after careful deliberation and brainstorming with the team, never for the sake of doing..."




http://blog.commlabindia.com/elearning-design/avatar-in-elearning

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

educação para a saude e bem-estar em contexto escolar

7, 8 e 9 - 11 de 2016 das 18h às 22h

dia 7- 11 - Psicóloga Claudia candeias - as informações transmitidas foram relacionadas com riscos , drogas, alccol, perturbações da adolescia , e infancia

Mitos da sexualidade

do curso de formação "Os mitos da sexualidade desenvolvido neste Centro de Formação em parceria com o Aces Lx central

 MITOS DA SEXUALIDADE (de 20/06 a 05/07 de 2016 )

Interactive teaching - Roménia Sinaia - Maio 2016

Dear participants in the 'Interactive Teaching’ Course, Sinaia, May, 2016,
As there are almost two weeks before we meet, I would like to give you some more information about the course period.

The hotel where most of you are accommodated is Vila Camelia. Everybody will have a single room with breakfast and lunch included. 

The reservation is on my name but when you arrive a list with your names will be already at the reception.

On Sunday evening at 18,00- we will have kick-off meeting. 
We will discuss the programme for every day and some administrative issues. (For Wednesday we have thought of having the outdoor activities in Bucharest, but if you have already visited it we can change it to Brasov with Dracula Castle.)

The course will start on Monday morning at 09:00 when everybody introduces their school, town or country. You can have PowerPoint presentations, photos, movies or using the Internet. If you need anything here, please let me know.

In the evening, also on Monday, at 18:00 – we will have an intercultural evening. Could you bring something specific? (Food or drink – just symbolically, music or dances, jokes, anything that may be specific to your country?)

On Wednesday we will have outside educational activities.  (We will discuss it on Sunday evening.)

For the course, please, remember that you will have to present at least one educational game you use with your students. – On Thursday.
Computers will be needed at times, especially on Thursday and Friday. (For those who cannot bring one, we will try to find a solution.)

The weather in Sinaia in May should be, normally, a pleasant one. Yet, as this is a mountain resort temperatures could be a bit low. Especially at night. So, please take warm and comfortable clothes and shoes. An umbrella may not be such a bad idea, too. We expect up to 15 C degrees during the day, but also some rain:(
(And less than 10 C at night)

We need a photo from you. Could you, please, send it to me as soon as possible?

I am sending you the map with the location of the hotel. 

This is my phone number: 0040720003203. I have yours, so we should be able to get in touch.

I am looking forward to your answers and especially to seeing all of you and having a great time together!!!:)


Felicia Dimulescu
Project Coordinator/Teacher Trainer
Eruditus Association
Área de anexos

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Convivencia ( 3 minutos )

Conviver ( anime )

Aprender a aprender ( anime) - 7 minutos

Aprender a aprender

Comportamento organizacional ( 12 minutos monstros anime )

Comportamento organizacional

Educação em ambiente de trabalho

Educação no ambiente de trabalho

Encantar o cliente

Encantar o cliente ( Disney)

Sua majestade : O cliente

O cliente

As 10 melhores técnicas de venda

As 10 melhores técnicas de venda

terça-feira, 26 de abril de 2016

Classes sociais - Sociologia

Classes e Estratos sociais

Optou-se por desenvolver esta parte no Arquivo, porque segundo o programa, deverá apresentar-se apenas a definição de classe social de João Ferreira de Almeida (organizador), sem referências ao contexto histórico.  
Conceitos relacionados: reprodução social, mobilidade social ascendente,  mobilidade social descendente, capital cultural
Ver estes conceitos no post Reprodução e mudança social

Estratos sociais
Pelo que se escreveu cima, o conceito de classes sociais confunde-se com o de estratos sociais, hierarquicamente sobrepostos, desde os inferiores aos superiores, reflectindo diferentes possibilidades de acesso aos bens em função do nível de rendimento. A sua representação gráfica resulta numa pirâmide, porque os indivíduos com maiores possibilidades de acesso aos bens são em menor número. 
Em Portugal são utilizadas as designações classe/estrato A, B. C, D e  E para evitar os termos alta, média-alta, média, média-baixa, baixa ou outros com significado discutível. Porém, estamos num domínio onde é corrente inventaram-se outros como fez estaprofessora brasileira
O bem-estar varia inversamente com o rendimento, como sublinham os economistas:
Em Sociologia observamos que os diferentes estratos sociais apresentam especificidades culturais que identificam as várias camadas sociais nos seus géneros de vida. Os sociólogos apontam outros critérios de estratificaçãoPoderemos distinguir os diversos estratos sociais, pela riqueza do vocabulário, pelas profissões desempenhadas, pela maneira de vestir, na ocupação dos tempos livres, pela localização e decoração da habitação, pelos tipo de conduta quando recebem ou se dirigem a alguém, pelos valores sociais objectivados pelo seu empenhamento no trabalho, na sociedade e na educação dos filhos.   
As desigualdades sociais gritantes são um dos aspectos mais revoltantes da sociedade capitalista, no entanto esta, graças à Escola ainda permite uma mobilidade social superior que os sistemas de organização social que o precederam: o esclavagismo e ofeudalismo









Classes sociais
As classes sociais não designam somente a estrutura funcional e económica da economia e da sociedade capitalista industrial, elas definem também os seres de classe, as identidades colectivas e individuais, as culturas e as comunidades” (Dubet, 2003:73). As classes são actores colectivos. A consciência de classe não pode reduzir-se só à consciência de identidade, porque implica também uma oposição, da classe a um adversário, definido por um repertório de classes. Elas supõem uma consciência da totalidade. As classes são “vontades”, disse Aron, elas são o coração dos movimentos sociais (ibidem). Uma boa parte da sociologia dos anos sessenta e setenta foi consagrada à suposta inevitabilidade histórica do colapso do sistema capitalista.  Esta  tarefa  arriscou-se frequentemente a não ser mais que uma ideologia quando a relação entre as categorias da experiência social e as da análise parecia demasiado distendida para ser credível (ibidem).

“Nas sociedades industriais, a classe social é um objecto total, explicativo e explicando, que se faz explicar e que se explica fazendo-se explicar. É causa e efeito” (ibidem).

A Sociologia utilizou trivialmente a classe social como a variável independente que mais fortemente predizia as condutas dos actores. Em Sociologia da Educação a relação entre o insucesso escolar e as classes populares será a mais célebre produção do determinismo, vitorioso nos anos dourados. Acompanhando a estabilidade do clima económico,  assistiu-se à generalização das classes no discurso sociológico, em simultâneo com o desenvolvimento dos sistemas nacionais de estatística,  porque a objectivação das classes sociais acaba por resultar da codificação das categorias sócio-profissionais. 

“A noção de classe perdeu parte da sua actualidade, em resultado das mutações sociais profundas no sistema de produção. No domínio das identidades, a cultura de massas corroeu as culturas de classe. Nas acções colectivas, os movimentos sociais não são hoje redutíveis aos movimentos de classes” (ibidem).

A realidade é hoje mais complexa, mais ambígua, mais porosa, mais plural. Os modos de identificação subjectiva encontram-se baralhados e a classe social já não é um indicador eficaz das atitudes e dos comportamentos. O género, a idade, o diploma, o estatuto do emprego, o percurso pessoal, a origem étnica, o bairro de residência permitem antecipar as disposições dos actores de maneira mais precisa e mais eficaz que a pertença de classe.

Apesar dos limites impostos à análise das classes sociais pela recomposição das sociedades, esta análise ainda se mostra pertinente em numerosos casos. Por exemplo, “em 2001, a probabilidade de um filho de empresários, dirigentes e profissionais liberais ser estudante universitário era “apenas” 7 vezes maior do que no caso de um filho de operários, enquanto em 1981 essa probabilidade era 35 vezes superior” (Machado, 2003:62). A análise permitiu observar que as desigualdades de acesso ao ensino superior se reduziram, coerentemente com a massificação que então se verificou (hoje se verifica?) neste nível de ensino. Simultaneamente, as transformações na estrutura social exigem a redefinição dos conceitos.

João Ferreira de Almeida, António Firmino Costa e Fernando Luís Machado têm  vindo a desenvolver uma tipologia de classes que designaram ACM[1]. O seu principal objectivo é observar a evolução da origem social dos estudantes universitários em Portugal. Propõem-na como “uma tipologia a testar, porque não faz sentido considerar uma tipologia de classes, por mais fundada que seja, nem como única nem como definitiva. As dimensões retidas dependem, em parte, do objecto de estudo; a elaboração e a aplicação empírica originam reconceptualizações; a realidade social é movente, impondo reajustamentos e reformulações” (Almeida et al, 1988:15).

“Do ponto de vista analítico, as classes sociais apresentam um paradoxo. São simultaneamente indispensáveis e improváveis. A utilidade das classes sociais está na sua capacidade de resistência à dissolução da ideia de sociedade e de estrutura social, indispensáveis à explicação dos fenómenos sociais. Sem estas imagens, apenas restaria uma justaposição de mercados colocando em actividade puros átomos individuais, uma simples estratificação ou justaposição de comunidades culturais” (Dubet, 2003:78). Por exemplo, os maus alunos sentem-se mais responsáveis pelas suas classificações que por qualquer injustiça social (?), mas à  Sociologia da Avaliação compete a compreensão do sistema de avaliação no contexto dos mecanismos de reprodução escolar, igualmente mecanismos de dominação e violência simbólica. Portanto, o conceito de classe social permanece útil quando se procuram delimitar os modos de dominação social e explicar a experiência dos actores (ibidem).  .

Uma questão controversa consiste na atribuição de classe social aos estudantes. “Uma das dificuldades específicas resulta de no caso dos jovens ser virtualmente bem mais significativo e caracterizador, do ponto de vista das classes, o respectivo trajecto futuroque o segmento que para trás deixaram” (Almeida et al, 1988:13). Esta observação não fará apenas sentido relativamente aos jovens universitários, uma vez que tem crescente importância a parcela dos alunos que ingressam no ensino superior, relativamente à que fica com o 12º ano de escolaridade. Portanto, também no 12º ano o futuro prospectivado adquire maior relevância que o passado, afinal ainda tão curto aos 17 anos.

Para ultrapassar a controvérsia acima apresentada, os autores distinguiram pertença de classe, de origem de classe, elaborando novos conceitos, como o de trajectória social, incluindo os segmentos passados, presente e futuro virtual. Partiram de uma “concepção multidimensional da estrutura de classes enquanto sistema de diferenças sociais presentes na estruturação de uma pluralidade de práticas socialmente relevantes” (ibidem). Esta flexibilização do conceito fez-se pela incorporação de três dimensões predominantes (volume das diversas formas de capital - económico, cultural e social -, respectiva estrutura e trajectória social) com dimensões secundárias de relevância variável (idade, género e localização geográfica). 

Quanto aos indicadores socioeducacionais, “devido à forte institucionalização estatal dos sistemas de graus de ensino, têm formas de operacionalização simples, embora constituam eles próprios sistemas de classificações sociais, muito menos transparentes do que possa parecer à primeira vista” (Machado, 2003:49), aspecto para cuja clarificação contribui a Sociologia da Avaliação.

Quanto aos indicadores socioprofissionais crê-se que a sua precisão seria maior se se tivessem tido em consideração as matrizes de construção da classe social adoptadas pela tipologia ACM. Conjugando os grandes grupos da CNP com a situação profissional (patrão, trabalhador por conta própria ou  trabalhador por conta de outrem) esta tipologia apresenta um menor número de categorias, paradoxalmente com maior relevância do ponto de vista das classes sociais.

A escola como agente de socialização








Segundo Demartis (1999), nas sociedades complexas, a transmissão de cultura impõe a presença de instituições especializadas, designadas a tal objectivo. Entãoa escola tem sido desenvolvida ao longo dos tempos, ocupando pois, um lugar privilegiado no processo de socialização dos jovens. Posto isto, podemos dizer que a escola é um lugar que a sociedade organiza para levar a cabo a socialização das novas gerações, (Pinto, 1999), que desempenha um papel fundamental na promoção do conhecimento social, no grande desenvolvimento que os indivíduos têm do mundo social e suas particularidades (Borsa, 2007). Na escola podemos aprender os processos específicos de socialização. É um local onde absorvemos comportamentos que são valorizados.
 Nem sempre a escola teve o valor que tem para os nossos dias actuais, esta sofre transformações ao longo dos tempos.
Podemos afirmar que, o papel da instrução representa um elemento desigual entre sociedades do passado e as sociedades industriais modernas. Nas sociedades pré-industriais o ensino referia-se á transmissão de um estilo de vida. Diferentemente, nas sociedades industriais, “a importância crescente de conhecimentos acumulados, a aplicação sistemática da ciência à produção e a complexidade da divisão do trabalho fizeram que a formação técnica prevalece sobre outras dimensões da educação”. (Demartis, p.154, 1999).
Podemos dizer que o desenvolvimento do ensino é consequência de uma maior qualificação profissional exigida pelos progressos tecnológicos. A mudança histórica da sociedade assente no sector primário, como a agricultura, criação de gado, de entre outras, para outras que se estabelecem na indústria, envolve a preparação de pessoal mais qualificado. O facto de haver necessidade de um aumento de competências profissionais, foi um factor que levou a todos os países (inclusive os de terceiro mundo) a alargarem o ensino a toda a população. Este acontecimento contribuiu para que o analfabetismo desaparecesse quase em toda a população dos países industrializados. Podemos então afirmar que, nas sociedades modernas a criança passa mais tempo na escola, verificando assim que esta vive um processo mais complexo de construção da sua identidade pessoal e social diferentemente das sociedades pré-modernas.
A escola não tem só como função o ensino, mas também tem como objectivo transmitir as ideias e valores que ajustam a conduta dos indivíduos, reproduzindo assim uma ordem social através da construção de comportamentos, em conformidade com os valores e regras sociais. Neste ponto, a escola completa o processo de socialização que a família inicia, considerando-se um importante instrumento de controlo social. (Demartis, 1999). 

http://midiaeinfancia.blogspot.com/2010/05/midia-como-instituicao-de-socializacao.html

terça-feira, 8 de março de 2016

Globalização e multiculturalismo






As pessoas têm direito a serem iguais sempre que a diferença as tornar inferiores; 
Contudo, têm também direito a serem diferentes sempre que a igualdade colocar 
em risco suas identidades. 
(Boaventura de Souza Santos)

Ver mais AQUI


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

ordem e controle social

Ordem social e controlo social

  • "Do rio que tudo arrasta, diz-se que é violento. Mas ninguém chama violentas às margens que o comprimem."
    Bertolt Brecht, escritor/ poeta/dramaturgo alemão (1898-1956)
Toda a gente sabe, ou pensa que sabe, quem são os indivíduos desviantes - pessoas que se recusam a viver de acordo, com as regras pelas quais se rege maioria da população. São criminosos violentos, drogados ou marginais, gente que não se encaixa no que a maior parte das pessoas define como padrões normais de comportamento aceitável. Contudo, as coisas não são exactamente o que parecem – uma lição que se aprende com frequência em Sociologia, porque esta nos incentiva a olhar para além do óbvio.

As nossas actividades desmoronar-se-iam se não cumpríssemos as regras que definem certos tipos de comportamento como correctos em determinados contextos e outros como inapropriados. Um comportamento civilizado na estrada, por exemplo, seria impossível se os condutores não respeitassem a regra de conduzir à direita. Poderá pensar-se que aqui não há desviantes, a não ser em caso de condução negligente ou sob influência do álcool. Contudo, se pensa desta forma está enganado. A maioria dos condutores é constituída não apenas por indivíduos desviantes mas por criminosos também, na medida em que a maioria das pessoas, sempre que a polícia de trânsito não está à vista, conduz bem acima dos limites de velocidade.

Todos nós tanto desrespeitamos regras como as seguimos; todos somos também criadores de regras. Os condutores podem não circular a 120 km/h nas autoestradas nem a 100 km/h nas vias rápidas, mas a maioria dos condutores não ultrapassa os 140 km/h nas primeiras, nem os 120 km/h nas segundas, e tem tendência a reduzir a velocidade sempre que atravessam áreas urbanas.

Ninguém quebra todas as regras, assim como ninguém as respeita todas. Mesmo indivíduos que estão totalmente à margem da sociedade respeitável, como os assaltantes de bancos, seguirão as regras dos grupos a que pertencem.

O estudo do comportamento desviante é das áreas mais intrigantes e complexas da Sociologia, ensinando-nos que ninguém é tão normal quanto gosta de pensar. Ajuda-nos igualmente a perceber que aquelas pessoas cujo comportamento pode parecer estranho ou incompreensível, são seres racionais quando compreendemos a razão dos seus actos.

desvio, tal como a conformidade às normas e regras sociais dependem do poder social para definir e impor os padrões de conduta, pelo que o desvio nunca poderá ser definido sem nos questionarmos: “as regras de quem?”.

Uma acção que nos parece criminosa num dado contexto, poderá noutra situação parecer heróica [ver Jodie Foster, em A Estranha em Mim].

desvio pode ser definido como uma inconformidade em relação a determinado conjunto de normas aceite por um número significativo de pessoas. As normas são acompanhadas por sanções que promovem a conformidade (sanções positivas) e castigam a não conformidade (sanções negativas).

O desvio é o conjunto de comportamentos e de situações que os membros de um grupo consideram não conformes às suas expectativas, normas ou valores e que, por isso, correm o risco de suscitar condenação e sanções da sua parte. (Boudon, 1995:380) A definição de comportamento desviante pressupõe a existência de um universo normativo, estabelecendo os comportamentos padrão no mesmo grupo.

É habitual distinguir entre sanções físicas, sanções económicas, sanções religiosas e sanções especificamente sociais, que são mais diversas e numerosas. O grupo de amigos, a família e a pequena comunidade empregam fundamentalmente sanções sociais, que variam com a gravidade da falta.

O falatório, o diz-que-diz, a fofoca, o mexerico, a bisbilhotice são sanções poderosas e temidas, tanto mais eficazes quanto menor a comunidade; seu poder baseia-se principalmente nas possíveis deformações e amplificações da realidade. Por sua vez, a excentricidade, as acções consideradas ridículas dão origem a um outro tipo de sanção: a troça, a zombaria e o riso. A reprovação da conduta pode manifestar-se ainda através do silêncio, do olhar de censura, da careta e de outras expressões fisionómicas.

Na sociedade urbana, o anonimato, a mobilidade e os variados grupos existentes diminuem a eficácia de todos os tipos de sanções informais, criando a necessidade de outros meios de controlo social mais formais. Os controlos formais são obrigatórios para todos os indivíduos que participam num grupo, grande ou pequeno, onde são introduzidos. São formais: as leis, os decretos, e demais diplomas promulgados pelo Estado (resoluções, portarias, estatutos,…): os estatutos e regulamentos dos sindicatos, das empresas, dos clubes, das escolas e Universidades,...; os preceitos da Igreja.

A expressão “controlo social” geralmente é caracterizada nos dicionários como circunscrevendo uma temática relativamente autónoma de pesquisa, voltada para o estudo do “conjunto dos recursos materiais e simbólicos de que uma sociedade dispõe para assegurar a conformidade do comportamento de seus membros a um conjunto de regras e princípios prescritos e sancionados” (Boudon; Bourricaud, in ALVAREZ, 2004:169).
http://www.scielo.br/pdf/spp/v18n1/22239.pdf

O controlo social já estava implícito na obra de Durkheim, apesar de ter desenvolvido outros conceitos, como anomia, solidariedade mecânica e orgânica, etc. Se o crime “ofende certos sentimentos coletivos dotados de uma energia e de uma clareza particulares” (Durkheim, ibidem), a pena é a reação colectiva que, embora aparentemente voltada para o criminoso, visa na realidade reforçar a solidariedade social entre os demais membros da sociedade e, consequentemente, garantir a integração social (...) no momento em que alguém desobedece às normas sociais e ameaça a ordem social.

Mas o termo “controlo social” ficará estabelecido pela Sociologia norte-americana para integrar os mecanismos de cooperação e de coesão voluntária da sociedade (Rothman, ibidem). Guy Rocher engloba o conjunto das sanções positivas e negativas no conceito de controlo social, afirmando ser o mesmo “o conjunto das sanções positivas e negativas a que a sociedade recorre para assegurar a conformidade das condutas aos modelos estabelecidos”.

1. Explica porque não é óbvio se um dado comportamento seja padrão ou desviante em Sociologia, apesar de aos nossos olhos nos parecer uma classificação elementar.

2. Mostra com dois exemplos do teu quotidiano que “todos nós tanto desrespeitamos regras como as seguimos, assim como também todos somos criadores de regras”.

3. Relaciona a conformidade das mulheres com o papel que lhes foi atribuído pelo poder social dominante (masculino) com a sua literacia.

4. Mostra que indivíduos habitualmente conformistas, podem assumir comportamentos tidos por desviantes em situações extremas.

5. Justifica porque o código moral é aquele que mais frequentemente nos impõe normas de conduta, relativamente às sanções impostas pelos grupos.

6. Comenta a importância relativa dos grupos apresentados no controlo social em meios rurais relativamente aos centros urbanos.

7. Comenta a violência do controlo social em MATRIX.

8. Dá dois exemplos de:
a) Sanções físicas positivas;
b) Sanções físicas negativas;
c) Sanções económicas positivas;
d) Sanções económicas negativas;
e) Sanções religiosas positivas;
f) Sanções religiosas negativas;
g) Sanções formais;
h) Sanções informais.

9. Retomando a expressão de Bertolt Brecht, discute (mínimo de 50 palavras) se te parece relativamente mais simples lutar pela definição do seu próprio estilo de vida ou aceitar um estilo de vida semelhante ao comum na sua cultura.

Bibliografia
GIDDENS, Anthony, (2000), Sociologia, Fundação Calouste 

Controle social

a catástrofe malthusiana




A  teoria populacional malthusiana foi desenvolvida por Thomas Malthus (1766 — 1834), um clérigo anglicano britânico, além de intelectual influente em sua época, nas áreas de economia política, e demografia .
Malthus percebera que o crescimento populacional entre os anos 1650 e 1850 havia dobrado, em razão do aumento da produção de alimentos, das melhores condições sanitárias e do aperfeiçoamento no combate às doenças - benefícios decorrentes da revolução industrial. Essas melhorias fizeram com que a taxa de mortalidade diminuísse e a taxa de natalidade aumentasse.
Preocupado com o crescimento populacional acelerado, Malthus publica, anonimamente, em 1798, An Essay on the Principle of Population, obra em que expões suas ideias e preocupações acerca do crescimento da população do planeta. Malthus alertava que a população crescia em progressão geométrica, enquanto que a produção de alimentos crescia em progressão aritmética. No limite, isso acarretaria uma drástica escassez de alimentos e, como consequência, a fome. Portanto, inevitavelmente o crescimento populacional deveria ser controlado.
Uma praga biológica ocorre quando a população de uma dada espécie tem alta taxa de natalidade e baixa taxa de mortalidade, de modo que o número de indivíduos cresce, pressionando os recursos naturais a ponto de desequilibrar o meio ambiente. Essa superpopulação pode ser reduzida por doenças ou por predadores dessa população. Se os predadores e parasitas (pestes) não aparecerem, o descontrole continua até que escasseiam os alimentos disponíveis no ambiente, gerando competição intraespecífica, e o controle populacional se dá pela fome. No caso da população humana, segundo Malthus, a peste, a fome e a guerra atuariam como dispositivos de controle da explosão demográfica.
Na falta desses três elementos, haveria fatalmente uma explosão demográfica, que, sempre segundo Malthus, estava em curso desde a Revolução Gloriosa, na Inglaterra(1688 -1689).[carece de fontes] Assim, a solução defendida por Malthus seria:
  1. A sujeição moral de retardar o casamento
  2. A prática da castidade antes do casamento
  3. Ter somente o número de filhos que se pudesse sustentar
As teorias de Malthus foram desmentidas no século XX, pelo progresso técnico incorporado à produção agrícola, na chamada Revolução Verde,.
Observe o crescimento populacional humano em bilhões de habitantes a partir de 1860 até os dias de hoje:
  • 1 a 2 bilhões de pessoas entre 1850 a 1925 - 74 anos
  • 2 a 3 bilhões de pessoas entre 1925 a 1962 - 39 anos
  • 3 a 4 bilhões de pessoas entre 1962 a 1975 - 13 anos
  • 4 a 5 bilhões de pessoas entre 1975 a 1985 - 12 anos
  • 5 a 6 bilhões de pessoas entre 1985 a 1994 - 11 anos
  • 6 a 7 bilhões de pessoas entre 1994 a 2011 - 16 anos
A tendência é de que, nos próximos séculos, a população comece a diminuir.[1]
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Fonte : wikipedia

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Artista chinês recria fotografia de criança síria encontrada numa praia turca


Ai Weiwei e a sua equipa aliaram-se ao fotógrafo Rohit Chawla e reproduziram a fotografia de Aylan Kurdi, a criança síria que foi encontrada sem vida numa praia na Turquia em setembro de 2015.

“Quando lhe disse ‘encontramo-nos no teu estúdio’, Ai Weiwei respondeu: “a costa é o meu estúdio”, contou ao jornal norte-americano Gayatri Jayaraman, editor da India Today que entrevistou o artista chinês. Em janeiro, Ai transferiu o seu estúdio para a Lesbos, um ponto importante para a entrada de sírios na União Europeia, de modo a chamar a atenção para a crise de refugiados. Desde então, tem passado os seus dias à beira-mar, ajudando as equipas de resgate e colecionando partes dos barcos para uma instalação.
“Ele é um grande artista mas, para mim, também parece uma espécie de Mahatma Gandhi. É muito caloroso e humilde, mas a sua presença naquela situação, enquanto chegavam refugiados cansados, molhados e gelados, foi colossal. E muito política”, acrescentou Jayaraman, que teve a oportunidade de ver o artista chinês a ajudar os refugiados junto à praia.
A fotografia de Ai Weiwei, que será publicada esta semana na revista indiana, integrou a exposição “The Artists”, que esteve patente este fim de semana na India Art Fair, em Nova Deli. “É uma imagem icónica porque é muito política, humana e envolve um artista muito importante como Ai Weiwei”, disse ao jornal norte-americano Sandy Angus, diretora da feira de arte. “A imagem é assombrosa e representa a crise de imigração e o desespero das pessoas que tentam escapar dos seus passados em busca de um futuro melhor.”