terça-feira, 20 de maio de 2008

Professores insatisfeitos

Segundo o jornal Público, que teve acesso a um estudo realizado pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) a pedido da Associação Nacional de Professores (ANP), 44% dos docentes inqueridos, numa amostra de educadores de infância e professores do Ensino Básico e do Secundário, não escolheriam a profissão de professor no contexto actual.
Acrescente-se ainda que 61% dos docentes afirma não sentir o reconhecimento do seu trabalho por parte da sociedade em geral.
É de notar que são cerca de 90% os professores que revelam grande preocupação com o seu futuro profissional e que, simultaneamente, não estão satisfeitos com o apoio pedagógico proporcionado pelo Ministério da Educação (ME).
Segundo João Ruivo, responsável pelo estudo realizado pelo Centro de Estudos e de Desenvolvimento Regional (CEDER), "o facto de os professores estarem insatisfeitos com a sua condição tem um grave reflexo na aprendizagem dos alunos". Este investigador disse ainda que este estudo é "marcante por não existir nenhum sobre a matéria, com rigor científico, desde 1990".
O presidente da Associação Nacional de Professores (ANP), João Grancho, afirmou que, por o estudo evidenciar que "quase 80% dos professores" desejam "um sistema de auto-regulação, uma Ordem dos Professores", há que criar "um código deontológico para a profissão de docente, que é a única que trata da formação das pessoas que não tem um código".
Os resultados permitem concluir que a maioria dos docentes "não está satisfeita com o interesse revelado pelos alunos nas questões de aprendizagem escolar, mostra-se insatisfeita no que toca às políticas educativas do ME e também com o trabalho desenvolvido pelos sindicatos".


Fonte: Textos Editores on line

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